terça-feira, 30 de setembro de 2014

oportunidade

ainda espero, como a primavera
que quando acaba nem é certo quando vira novamente
talvez ano que vem, ou num dia de inverno
mas não sera a primavera, e eu ainda terei de esperar
sempre acabo na mesma solidão
de querer sempre uma oportunidade
estar ao lado embelezando flores murchas
mas não planto para assim mesmo se fazer
deixar estar, viver, amar
depois aparecer, comparecer e crescer.
já passou quase dez anos
ainda me perco nas linhas tortas
que sem base, proposta ou forma
apenas quer um dia poder ficar
e não ter mais que esperar.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

volta

não sabe o quanto desejei tua presença novamente,
você se quer pensou que eu estava te esperando.

bela dona

Nada além de palavras
expressam a realidade do sentir
deveria escrever menos e viver mais
calar a boca as vezes é bom pra poder se acostumar
com o tapa, o grito, o confronto
um soco na cara do ex namorado
da bela dona que reclama
do amor perdido,
que amor é esse que sentido
te trazia dores, e tristezas
onde está a beleza,
dos versos, da prosa
daquela que antes dizia amar
e agora pretende machucar
assim como foi machucada
pensamento mais de merda
que não leva a nada
queria poder entender
o que te leva a crer
que ele um dia vai voltar
e dizer que vai te amar
não tenta se iludir
porque amamos quem nos trata indiferente
e não a nós mesmos.

os últimos serão os últimos

nunca cai na tentação
da vida trocar de situação
eu sempre serei o ultimo
enquanto jogam os amores pro ar
eu agarro esperando levar
um carinho nessa solidão
ouvindo reclamação
de que sozinho não se pode ficar
então te provo que nesse meu lugar
também não quero apenas estar
quem dera poder ficar
em todo canto, como o ar
e poder fazer você sentir
que deste lado aqui
alguém quer te ver sorrir.

ela

quando não sabe aonde ir
e a volta pra casa é inevitável 
correndo em círculos, sem poder evitar
achando tudo tão fácil
mas o sentir tão difícil 
prendendo-se a liberdade
liberto de ser preso
a saudade é constante
dizendo no sussurro 
"porque se foi o planejado"
por não saber do futuro
perdendo as linhas da escrita
esquecendo as letras das canções
que antes faziam lembrar
e agora no suspirar
espera o próximo refrão
para entrar com a decisão
de querer sempre estar
ao lado dela no sofá
fazendo carinho enquanto dorme
dormindo no ponto em que ela acorda
e a vida segue sem saber aonde ir
mas ficando onde está
por saber que onde eu vá
ela quero poder levar 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

quarta-feira

o dia é de feira, colher tudo maduro
recomeçar sendo seguro
tentando impressionar
te fazendo querer ficar.

aos poucos criando as rimas
manter essa disciplina 
mas não pra poder ser
apenas não enlouquecer.

teu pensar, eu fiquei
enriqueceu-me de expectativas
não me venha com desculpas de ir embora
você só vai porque não quer aceitar.

palavras daqui, frases de lá
buk me faz beber pra me confortar
e eu já nem sei mais onde quero chegar
apenas durma e sonhe com o nosso amar. 

As vezes

as vezes a escrita parece perdida
 o pensamento paira no ar 
e relaxamos no momento oportuno.
as vezes o relaxar não é a hora
mas seguimos outrora 
só pra ver no que vai dar.
as vezes quero plantar sementes 
nem todas vão brotar, eu sei
 nem mesmo o amar.
as vezes  penso ligeiramente
 respondo rapidamente
 me arrependo de tentar.
as vezes arrepender é ilusão
 já que este coração 
bate em função da tua ação.
as vezes tento, deixo 
mato o sentir-me sofrido
longe de ser tão atrevido a ponto de poder mudar.
as vezes brigo, choro, ligo, desligo
 invento, aumento, esqueço de sonhar.
as vezes durmo no ponto em que queria,
 nostalgia dizer nunca errar.
as vezes repetidamente 
me pego tentando dizer, 
vezes meu bem é te querer.